A mais de um mês sem contar com a estrada municipal dos Pereiras, que liga a rodovia MG 444 à rodovia dos Agricultores, que corta Itirapuã (SP) e São Tomás de Aquino(MG), os produtores rurais estão impedidos de transitar para suas propriedades e de receber os insumos para as lavouras.
Caminhões, que transportam adubos, não passam pelos atoleiros e idosos não se arriscam a voltarem para casa, temendo ficarem isolados. Com isto, os produtores rurais iniciaram fevereiro sem perspectivas, já que a prefeitura de Capetinga (MG) alega que a única máquina terceirizada está quebrada e falta material para a manutenção das estradas.
Em entrevista exclusiva ao repórter Alexandre Silva, do portal e rádio FNT, no “Programa do Dedão”, nesta quinta-feira, 2, o prefeito Luis César Guilherme, de Capetinga, disse que os serviços de recuperação da Estrada dos Pereiras já foram iniciados, porém, como o serviço é terceirizado, a máquina retroescavadeira utilizada nos trabalhos quebrou na quinta-feira passada, dia 26 de janeiro. “A máquina ainda não foi consertada. Ela que leva material mais grosso, tipo cascalho para compactuar a estrada, que virou mina de água por conta das chuvas. Temos de drenar as minas e jogar pedras por cima para poder estar ajeitando as estradas (…) A gente entende demais o sofrimento (sic) que essa gente tá passando. Nosso município tem 280 quilômetros quadrados. Se não der uma aradinha de, no mínimo, uns dias, para os caminhões puder andar (sic), levar materiais para as estradas, porque lá perto não tem”, observou o prefeito, acrescentando que, tão logo a retroescavadeira seja consertada, a Prefeitura levará uma máquina com esteira para fazer a drenagem e colocar cascalhos na estrada rural dos Pereiras.
Segundo o prefeito, um levantamento dos estragos causados pelas chuvas no município está sendo feito e o relatório deverá ser enviado à Defesa Civil de Minas Gerais. “Temos três montes danificados em Capetinga por conta do excesso de chuvas. O problema ocorrido na serra de Capetinga, na MG 444, levou os motoristas de caminhões a utilizarem as estradas de terra, o que causou mais estragos ainda”.
Luis César relatou ainda que as chuvas intensas levaram a Defesa Civil a interditar três casas em Capetinga, porém, os moradores se abrigaram em casas de parentes. “Foi bem no começo das chuvas fortes. As primeiras, de granizo, é que causaram a interdição das casas, que corriam riscos de desabamento”.
Outra preocupação é com a volta às aulas na semana que vem. Segundo o prefeito, “Temos algumas regiões que não conseguiremos transportar alunos. Não teremos como busca-los caso as estradas continuem intransitáveis. Eles serão prejudicados”, alerta Luis César, observando que o transporte de alimentos e remédios ainda está normalizado. “ Alguns trabalhadores rurais ganham por dia trabalhado. Com as chuvas eles podem ficar sem trabalhar, perdem dias de serviço e passam a ter dificuldades com alimentos. Por isto temos ajudado, através da Defesa Civil, com cestas básicas, cobertores e kits de limpeza”.
O prefeito acredita que uma semana sem chuvas seria suficiente para conclusão dos reparos emergenciais nas estradas, dando maior tranquilidade aos seus usuários.
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