O Córrego do Espraiado, que margeia aos fundos de um lado o Bairros Recanto Elimar e Condomínio Fremont MRV, Clube dos Servidores e Pesque Pague, e do outro o Jardim Flórida e Santa Lúcia, passando subterrâneo pela Avenida Claudio da Cruz Ribeiro e desaguando na represa do Castelinho. (veja vídeo ao final da matéria).
Figuram aqui entre as principais vítimas, o Clube dos Servidores Municipais de Franca, o Pesque Pague Santa Clara e o Clube Castelinho, que de forma contínua diante das fortes chuvas, sempre veem seus imóveis e patrimônio invadidos por enchentes e destruição.
Com as chuvas o Córrego enche, transborda, e invade as propriedades lindeiras. Com a força das águas e corrente do curso, erosão e assoreamento se unem destruindo inclusive a própria natureza e o que estiver pela frente.
Relatos recentes demonstram de forma cristalina os fatos, quando do último grande transbordo do Córrego em 2021, invadindo Avenidas Clube Castelinho, Pesque Pague e ASPMF.
Visivelmente em fotos e vídeos atuais clicados pelo Repórter no Fato, a erosão começa a preocupar quando arvores que margeiam o córrego aos fundos do Clube dos Servidores próximo ao Campo e seguindo paralelo ao Pesque Pague, começam a ter suas raízes expostas, e ainda nota-se que o curso do córrego foi alterado pelo assoreamento, e por matos (Napie ou Capim Elefante) que não são nativos, e em conjunto com areia arrastada pela erosão está obstruindo seu curso ao chegar na passagem subterrânea da Avenida Claudio da Cruz Ribeiro.
Na opinião de vizinhos lindeiros, a falta de zelo de órgãos ao aprovar projetos de impacto ambiental para urbanização, loteamentos e condomínios, como no caso do Loteamento Santa Lúcia, é apontado por vítimas como principal responsável pela destruição contínua assistida de forma inerte por autoridades locais.
As Secretarias de Obras e a de Meio Ambiente de Franca foram procuradas para que tomassem providências, mas informam que não podem mexer por se tratar de área de preservação ambiental.
Talvez após uma tragédia (aqui anunciada e prevista), possam então assumir a culpa de não tomar providências antes do pior acontecer.
O Secretário de Meio Ambiente do município de Franca, Rui Engracia Garcia, foi contatado pelo Portal e chamado a dar esclarecimentos. Contato feito pelo whatsapp às 11h26 e visualizado às 13h07 de sexta-feira, 13, mas até o fechamento da matéria não se manifestou.
PREVISÕES DE DIAS PRIORES
O impacto ambiental do Córrego do Espraiado não para por aí. Com a expansão urbana do entorno, que já contava com os bairros Elimar 1, 2 e 3, Flórida, veio então o Bairro Santa Lúcia e o Condomínio Fremont. E onde vai desaguar as águas das galerias pluviais dessa grande gleba impermeabilizada? No Córrego do Espraiado.
Atualmente começa a ser construído pouco acima do Clube dos Servidores na Avenida São Vicente, o Hospital Regional do Estado, e conjuntamente, diversos investidores e empreendedores, já visualizam a construção de galerias comerciais e futuros novos condomínios naquela região.
Lembrando aqui que o gargalo final do Espraiado é no encontro com sua passagem subterrânea, e não tem capacidade para ser estendida. (Veja no vídeo Abaixo)
E a pergunta que o Repórter no Fato deixa é: Como serão as futuras aprovações de Estudo de Impacto Ambiental dos próximos empreendimentos daquela área?
Pergunta que continua sem resposta, e esperamos não ter que repeti-la após uma tragédia aqui prevista e anunciada.