Uma pesquisa do Pew Research Center mostrou que cerca de 900 mil imigrantes se tornaram cidadãos durante o ano fiscal de 2022. De acordo com dados do governo, o número é o maior em qualquer ano fiscal desde 2008, quando um milhão de pessoas obtiveram cidadania.
Os dados também mostram um aumento no número de imigrantes que receberam Green Cards e se tornaram residentes permanentes legais, além de uma recuperação parcial da entrada de estudantes estrangeiros, turistas e outros imigrantes temporários legais.
Nos primeiros meses da pandemia, de abril a junho, o número trimestral de naturalizações despencou para 81 mil. A média dos últimos oito anos foi de cerca de 190 mil por trimestre. Depois de mais dois trimestres abaixo da média, o número de naturalizações foi de 200 mil de janeiro a março de 2021.
Segundo a advogada de imigração e fundadora do Castro Legal Group, Renata Castro, o número de indivíduos elegíveis à cidadania que têm buscado uma alternativa imigratória para seus familiares é um grande propulsor do aumento do número de petições. Os cidadãos americanos podem peticionar um Green Card para seus pais, irmãos, filhos ou filhas, casados ou solteiros.
Castro diz que a demora em aprovar uma reforma imigratória é um motivo para o aumento: “indivíduos com familiares indocumentados que esperavam documentar seus familiares por meio da reforma decidiram tomar as rédeas e pleitear uma cidadania para agilizar a situação”.
Para ser elegível a cidadania americana, o estrangeiro deve ter 18 anos de idade e ter vivido continuamente nos Estados Unidos por pelo menos cinco anos como residente permanente legal ou três anos, se for casado com um cidadão. O processo também inclui aprovação em teste inglês e cívico. Além disso, os cidadãos têm a liberdade de residir fora dos EUA por período indeterminado sem comprometer a cidadania americana.