Articulador
Gilberto Kassab, presidente do PSD, foi considerado hábil articulador para a vitória de Tarcísio de Freitas no primeiro turno na corrida pelo governo de São Paulo, a começar pelo vice Felipe Ramuth, de seu partido. Conseguiu mais tempo no horário eleitoral e o apoio da União Geral dos Trabalhadores (UGT). “Sem Kassab, Tarcísio não chegaria ao segundo turno”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT e integrante da executiva do PSD. Mais: o programa econômico de Tarcísio foi criação de Guilherme Afif Domingos, ex-assessor de Paulo Guedes e fundador do PSD.
Bater pesado
Carlos Bolsonaro foi festejado no comitê da campanha de Jair Bolsonaro. No núcleo duro dos articuladores políticos do presidente, o “02” sempre foi o maior defensor de que deveriam ser feitos ataques contra os institutos de pesquisa. Agora, os institutos serão o principal adversário na campanha no segundo turno. A ordem é bater pesado no Datafolha, Ipec, entre outros onde aparecia menos votado. Guardadas as devidas proporções, serão tratados da mesma forma que a mídia, em especial a Globo, durante o primeiro mandato.
Cinco novos
Com a nova composição do Congresso, crescem as articulações em torno da revogação da PEC da Bengala e o retorno da aposentadoria compulsória de servidores públicos aos 70 anos. A aprovação reduziria gastos e daria a Jair Bolsonaro, se vencer, a chance de nomear cinco novos ministros no STF. Mesmo sem a mudança, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber completam 75 anos e serão substituídos no ano que vem. Se a mudança for efetivada, Luiz Fux se aposentaria em abril de 2023, Cármen Lúcia em abril de 2024 e Gilmar Mendes em dezembro de 2025.
Para quem vai
O ex-governador de São Paulo, João Doria (PSDB) declarou estes dias que irá anular o voto. “Nem Lula, nem Bolsonaro. Meu voto será nulo”. Já o ex-presidente Michel Temer (MDB) que pretendia anunciar seu apoio a Jair Bolsonaro, porque o ex-presidente Lula disse que ele havia sido “um equívoco do Brasil”, desistiu por pressão da família. Em nota divulgada disse: “Esclareço que aplaudirei a candidatura que defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.