Os principais candidatos à Presidência votaram e encerram, antes do meio-dia, o primeiro ato do dia da votação. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) usaram o momento para reforçarem as narrativas com as quais sustentaram suas campanhas. O ex-presidente disse ter sido vítima de uma mentira, no caso, as condenações na Justiça, depois anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, disse que se eleito conseguirá restabelecer a paz e a democracia.
Bolsonaro não fez diferente. Sem colocar o sistema eleitoral em dúvida, o fez ao dizer que pretende vencer a eleição no primeiro turno. De acordo com o agregador de pesquisas do Estadão, é Lula quem tem essa chance: o petista lidera com 51% dos votos válidos; Bolsonaro marca 36%.
Terceiro colocado nas principais pesquisas de intenção de voto – em empate técnico com Simone Tebet (MDB) -, Ciro Gomes(PDT) afirmou que “está na hora de cuidar da minha vida”. É uma indicação de que desistirá da vida pública. Já Simone, se apresentou para novos desafios: “Eu estou pronta não só para aceitar os resultados das urnas, mas para defendê-los também”. Na mesma linha, a candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, que estreou na política em 2018 apenas, ganhou reconhecimento nacional e já se sente vitoriosa. “Tive oportunidade de sair candidata pelo maior partido do País, entrando na competição na prorrogação. Para mim foi um milagre, pois é um ambiente complicado para qualquer pessoa, principalmente para as mulheres”, comemorou.
Representante do Novo na disputa, também estreante na política, Felipe d’Avila ditou o rumo da legenda caso seja confirmado o segundo turno. “Como já vinha dizendo, eu não vou apoiar nenhum dos dois populistas”, afirmou, ressaltando que o partido vai optar pela neutralidade.
Estadão