Com mais de 300 mil seguidores em suas redes sociais, mais de 30 anos de carreira, milhões e milhões de visualizações no YouTube, Sílvio Cássio Bernardo mais conhecido como Silvetty Montilla, é uma lendária Drag Queen, ator, humorista, apresentador e repórter brasileiro, considerada uma das maiores Drag Queen do país e uma das maiores artistas da noite LGBTQIA+ brasileira. Silvetty se apresentou na noite deste sábado, 20 de agosto na casa de shows 016 em Franca, São Paulo, sob organização de Junior Ferreira e Betto Spiller, produtores renomados na região.
Ontem a Coluna Cairo Still marcou presença no evento e realizou uma entrevista exclusiva com Silvetty Montilla para o Fato No Ato e para conteúdos do Programa Vitamina, o novo projeto sobre diversidade na cidade de Franca. Vamos falar mais um pouco sobre a grande diva antes de contar oque ela disse na exclusiva okay? Ao longo de mais de trinta e cinco anos de carreira, Silvetty atuou em diversas peças teatrais, além de se apresentar assiduamente nas principais boates gays de São Paulo, e de fazer participações em programas de televisão, como o TV Fama, Eliana, o humorístico ”Toma Lá, Da Cá” da Rede Globo, devido a seu legado é constantemente comparada e chamada de RuPaul brasileira.
Assista um trecho da entrevista de Cairo Still com Silvetty Montilla…
Sílvio Cássio Bernardo, a diva artista, Silvetty Montilla, nasceu em uma família humilde da Zona Norte de São Paulo e apesar de ter sempre se interessado por música, teatro, canto e dança, optou por um trabalho estável e que lhe desse retorno financeiro certo, e então, aos dezoito anos, prestou concurso público sendo aprovado. Já financeiramente independente, decidiu assumir-se homossexual e sair de casa para viver sozinho, e passou alguns anos trabalhando como oficial da promotoria do Ministério Público de São Paulo. Em 1987 por influência de amigos, aceitou ganhar um dinheiro extra se montando de drag queen, para dançar e cantar aos finais de semana em bares e boates. Devido a seu talento, carisma e afinação musical, ficou muito conhecido na noite paulistana, convidado para se apresentar em diversas casas de shows, festas de debutante, casamentos e formaturas. Ao ver que seria possível viver com o trabalho artístico, onde ganhava muito mais que seu emprego estável, acabou abandonando o trabalho junto à promotoria. Começou a participar de vários concursos de miss, recebendo o título de Miss primavera de 1989, Miss Brasil 1990, Rainha do Carnaval, Miss Cidade de São Paulo e Miss Universo, todos dedicados a categoria de drag queen.
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Em 2012, Silvetty concorreu a uma vaga na Câmara de vereadores de São Paulo, pelo PSOL, sendo a terceira mais votada do partido, obtendo quase 5 mil votos, porém, sem conquistar a vaga. Atualmente faz apresentações por todo o Brasil e em diversos países, tendo agenda de shows fixas em variados eventos de São Paulo.
Teatro e Stand-up
Sua estreia no teatro foi em 1998, com a peça “Cindy ou Fregi” de Carlos Alberto Sofredini uma comédia inspirada em Cinderela. Depois ele recebeu o convite do mesmo autor para fazer “Os Garotos da Sauna” e depois a peça “Non é Vero é Veríssimo”, no Teatro Imprensa dirigida por Imara Reis e escrita por Ricardo Peixoto. Em 2012, atuou em “As Três Marias” de Marcos Martinelli a qual ficou três temporadas em cartaz. De 2006 a 2010 Silvetty participou do musical Segunda Acontece, que está em cartaz há 4 anos e traz os drag queens mais famosos do Brasil: Boo, Divina Núbia, Lllady Meteora, Salete Campari.
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Cinema
Silvetty interpretou Dona Vera no filme “Do lado de Fora”, dirigido por Alexandre Carvalho, uma comédia sobre amigos que fazem um pacto para “saírem do armário” após se encontrarem na Parada Gay de São Paulo. Além dele no elenco, estavam: Marcello Airoldi, André Bankoff, Titi Muller e grande elenco. O filme já passou dos 12 mil espectadores, visto em mais de 20 cidades do Brasil, vendido para mais de 10 países e apresentado na seleção do Festival de Cinema de Taoyuan na China. Em 2015 Silvetty participou como ele mesmo no documentário A Volta da Pauliceia Desvairada.
Televisão
Em 2009 fez uma participação na série da Rede Globo ”Toma Lá, Da Cá” onde interpretou o transexual “Charuba Massad”. Ele foi por diversas vezes, entre 2008 e 2011, repórter especial do programa TV Fama da Rede TV. Em 2011 ele apresentou com outros drags o quadro “As Fadinhas Safadinhas” no Programa Eliana do SBT. Em 2014 fez uma aparição na série ”Pé Na Cova” da Rede Globo. Em 2019 tornou-se a dubladora da personagem “Vedete Champagne” para a Netflix na divertida animação ”Super Drags”. A personagem foi criada inspirada em Silvetty, desde os trejeitos até os bordões fluem conforme a carreira da artista.
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O show em Franca na noite deste sábado, 20 de agosto, foi marcado por muitos risos e participação de fãs de Silvetty que vieram de outras cidades da região como Ribeirão Preto e Serrana. Silvetty subiu ao palco pouco mais das 03:00 horas da madrugada, brincou com a plateia, cantou, dublou e ganhou de presente uma linda bolsa da artista transformista francana Tânia Leão Do Bafão, pioneira na arte Drag em toda região. Após o show, Silvette recebeu a Coluna Cairo Still e Programa Vitamina para uma conversa, onde pude saber um pouco mais dos bastidores de novidades que estão por vir. Questionei sobre um possível novo trabalho na música, ela confirmou que devido à pandemia um projeto que até então estava em fase de desenvolvimento, teve de ser pausado, porém, que pensa em retomar e concluir. A questionei se ela conhecia Franca e ela confirmou que já veio a cidade em várias ocasiões.
Para sugestões de pautas sobre diversidade, envie um e-mail solicitando para cairostill@fatonoato.com.br