Mais uma vez, a parceria entre o Ministério da Saúde e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) traz informações valiosas para o cuidado com a população. Módulos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019 apontam que aproximadamente 1 milhão de pessoas afirmaram ter diagnóstico médico de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) ao longo do ano, o que corresponde a 0,6% da população com 18 anos de idade ou mais.
“Os resultados da PNS vão auxiliar na proposição e reformulação de políticas públicas para Atenção Primária à Saúde. Exemplo disso são os dados do módulo inédito que se debruçou sobre as doenças transmissíveis, como a de Chagas e hanseníase, incluindo análise do conjunto das infecções sexualmente transmissíveis, agravos que podem ser identificados precocemente nas unidades básicas de saúde e tratados em tempo oportuno para que não evoluam para complicações graves”, afirma o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara.
As ISTs estão entre os problemas de saúde de maior impacto sobre os sistemas públicos de saúde e sobre a qualidade de vida das pessoas no Brasil e no mundo. São causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos que são sexualmente transmissíveis, dentre elas a herpes genital, sífilis, gonorreia, HPV, HIV/AIDS, clamídia, triconomíase, além das hepatites virais B e C, podendo, dependendo da doença, evoluir para graves complicações.
A PNS 2019 traz ainda outro dado quanto a este cenário das ISTs: entre os indivíduos com 18 anos ou mais de idade que tiveram relação sexual nos 12 meses anteriores à data da entrevista, apenas 22,8% (ou 26,6 milhões de pessoas) usaram preservativo em todas as relações sexuais. 17,1% dos entrevistados afirmaram usar às vezes, e 59,0% em nenhuma vez.
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
É a primeira vez que a PNS levantou informações detalhadas sobre sintomas ou diagnósticos médicos de doenças transmissíveis, e foi além das ISTs. A investigação foi atrás também de dados sobre presença de tosse, manchas com dormência e Doença de Chagas.
Em 2019, cerca de 2,9% da população de 18 ou mais anos de idade do país (ou 4,6 milhões de pessoas) estavam com tosse há três semanas ou mais. Esse sintoma persistente pode ser indicativo de tuberculose pulmonar, doença que pode levar ao óbito do paciente.
Além disso, 1,9 milhão de pessoas tinham mancha com dormência ou parte da pele com dormência (o que pode ser um sintoma de hanseníase), e por volta de 660 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade (ou 0,4% desse grupo etário) tiveram diagnóstico médico de Doença de Chagas em qualquer momento da vida.
Ministério da Saúde, com informações do IBGE
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