A recusa da Prefeitura em receber a Carreta da Mamografia em Franca, entre o final de março e início de abril, continua rendendo críticas dos vereadores à gestão do prefeito Alexandre Ferreira.
O serviço, que é oferecido gratuitamente pelo governo do Estado e é muito disputado pelos municípios, foi autorizado e deveria ter vindo a Franca no período compreendido entre março e abril.
Mas, segundo os vereadores, houve a recusa da Prefeitura em receber o serviço, etapa obrigatória para que a carreta seja enviada pela Secretaria de Estado de Saúde, o que ocasionou o cancelamento da agenda.
Daniel Bassi, que junto de Donizete da Farmácia, Lurdinha Granzotte e Marcelo Tidy, fez o pedido da carreta para Franca no início do ano, puxou a fila das críticas na tribuna da Câmara.
“O objetivo deste serviço é incentivar a busca e dar visibilidade ao exame de mamografia, extremamente importante para o diagnóstico precoce do câncer de mama. A doença tem melhores prognósticos quanto mais cedo é diagnosticada”, afirmou o parlamentar.
A praticidade do exame é grande, já que a mulher que quiser fazer o exame não precisa de pedido médico, basta levar RG e Cartão SUS para ser atendida, sem necessidade de atendimento.
Na rede, é necessário que a mulher passe por consulta em uma unidade da rede básica, ter o pedido feito pelo médico e aguardar ser chamada pela rede municipal, num processo muito mais moroso.
Outros vereadores também criticaram a administração pela recusa do serviço.
“Eu também fui pego de surpresa. A carreta trabalha a motivação das mulheres, principalmente nos bairros mais carentes. Seria um incentivo importante. Me causou estranheza”, disse Marcelo Tidy.
Para Della Motta, a decisão da Prefeitura foi um tanto quanto equivocada e prejudicará a população, sobretudo nos bairros menos abastados.
“Fico tanto quanto triste. Declinar a carreta, um exame importante desse. A carreta com certeza poderia salvar vidas. Não tem demanda? Deixa vir, vamos acolher. Tem é que colocar carro de som, a imprensa para falar. Um serviço gratuito! Dá vontade começar a pedir números (para a Prefeitura)”, disse.
Explicação do prefeito.
Daniel Bassi afirmou que a justificativa da Prefeitura para declinar da carreta é de que há um programa municipal que visa a zerar a fila na rede pública.
“A demanda será zerada, graças a essa Câmara que destinou recursos impositivos para isso. E a carreta não tem nada a ver com isso, porque não precisa de indicação médica. É uma demanda invisível, de mulheres que não estão na fila”, concluiu Daniel Bassi.