A Polícia Civil do Paraná apreendeu sete carros blindados e armamentos pesados e de uso restrito usados no ataque contra a transportadora de valores Proforte em Guarapuava, no interior do Paraná, na noite deste domingo (17).
As primeiras informações levantadas pela investigação apontam que pelo menos 10 veículos foram utilizados pelos criminosos na ação. Dentro dos carros apreendidos, estavam capacetes balísticos, fuzis calibre 12 e duas submetralhadoras .50 com capacidade 600 tiros por minuto e capazes de perfurar aeronaves. Esse mesmo tipo de arma foi usada no assalto ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, onde aproximadamente R$ 2 milhões foram roubados em 2019.
Algumas das armas foram encontradas em meio a galhos de árvores.
Após o ataque, a polícia segue fazendo cerco em busca dos criminosos na região de Guarapuava, após fuga em estradas vicinais em direção da cidade de Pitanga. Um homem suspeito de envolvimento foi preso até agora. A polícia acredita que alguns integrantes da quadrilha estejam feridos após os confrontos.
O ataque
Uma quadrilha de cerca de 30 criminosos fortemente armados atacou a transportadora de valores Proforte e causou pânico na cidade de Guarapuava, interior do Paraná. A ação, realizada no estilo “novo cangaço”, começou por volta das 22h do domingo (17) e durou quase quatro horas.
Os assaltantes fizeram bloqueios em vias e atiraram contra o Batalhão da Polícia Militar da cidade. Além disso, cortaram parte do fornecimento de energia do município e espalharam carros e caminhões em diversos pontos para impedir a chegada de equipes da PM e da Polícia Rodoviária Federal. Alguns veículos foram incendiados e moradores foram usados como reféns e até “escudos humanos”.
O grupo conseguiu fugir em pelo menos sete carros pela BR 27. Ainda não se sabe se algum valor foi levado da transportadora. Guarapuava fica a 256 quilômetros de Curitiba e tem aproximadamente 183 mil habitantes.
Segundo o prefeito Celso Góes, houve um confronto entre a quadrilha e a polícia durante buscas na área rural próxima a Campina do Simão, a cerca de 80 km de Guarapuava.
Ainda de acordo com ele, dois policiais foram atingidos e estão internados e estáveis, além de um morador da cidade. Um terceiro policial foi baleado no colete balístico.
Não há mais registros de confrontos na cidade ou de bloqueios em estradas. Mesmo assim, as aulas da rede pública e privada estão suspensas.
Guarapuava tem uma ampla presença das forças de segurança, incluindo quartel do Exército, mas nem isso intimidou os criminosos. O prefeito definiu a situação como um “estado de guerra” em entrevista à Rádio Bandeirantes.
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