A Santa Casa de Franca está pleiteando um novo hospital com capacidade igual ou maior que a do Hospital Regional do Estado recém-anunciado pelo Governador Rodrigo Garcia.
Uma maquete do projeto foi apresentada ao Deputado Federal Eduardo Bolsonaro em sua visita ao grupo Santa Casa há dois meses, e no último dia 4, o Ministro da Saúde Marcelo Queiroga, esteve visitando a unidade em uma chamada visita surpresa que poucos da imprensa foram informados.
Simultaneamente em locais distintos, de um lado o Governador Rodrigo Garcia afirmava que até a data limite que determina a lei eleitoral, a licitação para o novo Hospital Regional Estadual será assinada, o que garantirá um investimento de mais de R$ 200 milhões para a obra; de outro lado, o Ministro Marcelo Queiroga, juntamente com o Deputados Federal Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente, e um dos Deputados que mais ajudou a Santa Casa de Franca em um só mandato, visitam a Santa Casa e conhecem mais de perto o projeto que deve custar em torno de R$ 300 milhões.
O Aglomerado Urbano de Franca contempla 22 municípios e mais de 700 mil habitantes, o que claramente justifica a implantação de pelo menos um dos dois projetos de hospital público para a população.
A cidade de Franca conta hoje com 2 hospitais particulares ativos e um em construção, uma Santa Casa que recebe recursos do SUS para um atendimento de excelência em sua 3 unidades, e um AME, que também é gerido pelo grupo Santa Casa.
De acordo com fontes ligadas ao movimento pró hospital regional estadual, o projeto executivo, que é essencial para o processo licitatório já estava pronto, e assim, os demais documentos deverão ser finalizados até o início do mês de Junho, para que o compromisso firmado pelo Governador Rodrigo Garcia seja firmado.
A viabilidade dos dois novos hospitais depende da demanda a ser atendida, como exigido pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo no caso do Hospital Regional, e de projetos executivos, visto tratar-se de obras com recurso público.
A preocupação maior de especialistas, inclusive do governo do estado, não é com a construção do prédio e equipamentos, mas sim com a manutenção diária dos leitos disponibilizados e o custo mensal da ou das novas unidades de saúde.
A fonte pagadora de hospitais públicos é uma só, o SUS tem suas limitações e o estado e o município tavez não tenha condição de contrapartida final para manutenção, em casa de mais de uma unidade.
Uma das limitações é que o repasse do SUS é feito pelo número de habitantes, não podendo haver duplicidade de custeio, criando um óbice diante da promessa de 2 hospitais para o município.
Sobre a visita do Ministro Queiroga à Santa Casa, os assuntos e reinvindicações apresentadas não foram passadas ao nosso portal.