Uma ação de agentes da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Franca, evitou que um homem fosse julgado, condenado e, provavelmente morto, pelo Tribunal do Crime, na Vila Santa Efigênia, no final da tarde de terça-feira, 15, em Franca.
Após receberem a denúncia, os policiais, liderados pelo delegado Márcio Murari, foram ao endereço indicado, na Rua Emilio Malimpensa, onde surpreenderam seis homens em atitudes suspeitas. Dois deles conseguiram fugir, enquanto outros 4 acabaram detidos.
Durante a tentativa de fuga, os suspeitos quebraram os celulares que utilizavam, com o objetivo de atrapalhar as investigações.
Os agentes tiveram dificuldades para adentrarem ao imóvel, uma vez que a casa era monitorada por câmeras de segurança. O aparelho DVR encarregado das gravações foi apreendido e deverá ser periciado.
Ainda no imóvel, a vítima, numa primeira versão, disse aos policiais que havia sido sequestrado por quatro pessoas que ocupavam um carro preto, na segunda-feira, 14, no Parque Vicente Leporace, e levado para o cativeiro. Disse ainda que só não foi morto devido ao executor não ter chegado a tempo no cárcere.
Segundo a polícia, esta versão confere com a denúncia recebida na DIG. Policiais acreditam ainda que outra pessoa, membro da quadrilha, também seria julgado no mesmo Tribunal.
Mais tarde, já na CPJ (Central de Polícia Judiciária), o homem mudou sua versão. Ele contou que não estava no tribunal do crime, que estava “limpo” e que teria ido ao local para participar de um churrasco.
Após a elaboração do Boletim de Ocorrência, os envolvidos foram liberados, porém, os 4 suspeitos deverão responder a processos por averiguação de associação criminosa, sequestro e cárcere privado. A suposta vítima também poderá ser responsabilizado por falsa comunicação de crime.
Fotos: Alexandre Silva