Aliança com Marçal
Na semana passada, Pablo Marçal culpou Carlos Bolsonaro pela derrota do pai na corrida presidencial. E classificou: “Ele é um retardado mental, um estúpido”. Dois dias depois, os dois se falaram por telefone, Carluxo engoliu desaforos e elogiou o detrator. Guerrear o filho de Bolsonaro não é tarefa para qualquer um, mas a situação ficou clara, o clã mediu os riscos e desistir de ir à luta contra Marçal. Analistas acham que está aberta a aliança num segundo turno da eleição paulista. Ou no primeiro, dependendo da posição de Ricardo Nunes nas próximas semanas. Bolsonaristas já estão migrando: Marçal subiu de 29% para 44% entre os eleitores do ex-presidente; Nunes caiu de 38% para 30% no mesmo público.
“Controle ambiental”
O Planalto não digeriu a decisão no ministro Flávio Dino (STF) de obrigar o governo (PT) a combater incêndios Brasil afora dentro de 15 dias. O “fogo amigo” deixou irritados ministros da Esplanada, notadamente Rui Costa (Casa Civil), chefe da força-tarefa ao fogo. Já foi lembrado até que a queda do investimento do Ministério da Justiça em “Controle e Fiscalização Ambiental” foi registrada durante a gestão do próprio Dino. O valor era de R$ 23,2 milhões em 2022, na gestão Bolsonaro e vem caindo. Em 2023, ainda sob o comando de Dino no Ministério o programa pagou apenas R$ 4,1 milhões. Este ano, nem um centavo ainda foi pago. Rui Costa não gosta de Flávio Dino.
Contra interferência
Enquanto a União Europeia volta a dizer que não reconhece a vitória de Nicolás Maduro na eleição de julho, o ditador venezuelano, que já recomendou chá a seu amigo brasileiro (sem citar o nome de Lula) voltou a citar num discurso a eleição brasileira, dizendo que ninguém se meteu com o Brasil quando Bolsonaro questionou o processo eleitoral. E emenda: “Os gringos não têm moral para se envolver em assuntos de Caracas”.