O fator Moro
O ex-juiz Sérgio Moro se filiou ao Podemos e apresentou suas armas. Fez um discurso sem dizer que é candidato a presidente, mas se concentrou no combate à corrupção: “Chega de corrupção, mensalão, petróleo, rachadinha e orçamento secreto”. Encaixou tudo num discurso repleto de citações indiretas a Bolsonaro e a Lula. A reação foi das melhores, só que eles apostam que Moro não tem força para ganhar nem de Lula, nem de Bolsonaro. Mas pode modificar o quadro. Moro está com 8% a 10% e tem condições de travar o crescimento de qualquer outro candidato de terceira via competitivo. Está à frente de Ciro Gomes e em terceira posição. Se não for candidato à Presidência, sai para o Senado com grandes chances de vitória.
Vice, não
Ciro Gomes deixou para trás João Doria, Eduardo Leite ou Luiz Henrique Mandetta e se chegar a meados do ano que vem em circunstâncias desfavoráveis pode também ser convidado para ser candidato a vice em algumas dessas situações. Mas, Moro não quer nem saber disso. Sabe que carregaria mais votos do que o próprio cabeça de chapa. Eleições no Brasil tem quase uma tradição de surpresas e reviravoltas, o que pode acontecer a Moro. E muitos pensam nessa situação.
Presencial
O empenho da Agência Nacional de Petróleo quer acelerar a concessão de uma nova leva de áreas de consumo e gás em Alagoas e Sergipe, mas não vai dar. O Ministério Público Federal vai entrar com uma ação na Justiça para anular a audiência pública já realizada com o objetivo de discutir o Relatório de Impacto Ambiental. O MPF alega que a reunião foi irregular por não ter se dado de forma presencial.
De novo
Num jantar na semana passada, a cúpula do PSB voltou a cogitar a candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência. O ex-ministro do STF demonstrou preocupação com o cenário econômico e social do Brasil. Além de Barbosa, o PSB negocia que Geraldo Alckmin poderia ser o vice do ex-presidente Lula. De positivo mesmo, Alckmin recebeu um telefonema do ex-presidente e ficou de aprofundar a conversa.
Rico gramado
As contas dos organizadores do Campeonato Paulista indicam que a venda de direitos de transmissão e os novos patrocinadores amealhados pela Federação Paulista de Futebol devem gerar R$ 1 bilhão nos próximos 4 anos. O valor previsto até o momento supera a arrecadação do ciclo anterior. A Record comprou a transmissão de 16 partidas em TV aberta e a TNT Sports adquiriu os direitos sobre streaming e exibirá partidas pelos próximos quatro anos na HBOMax. O YouTube comprou os direitos de streaming aberto.
Informal
A crise da covid-19 já deteriorou o mercado de trabalho brasileiro e fez o nível de informalidade acelerar. Se cresce no curto prazo, dificilmente haverá reversão desse quadro. O volume de trabalhadores informais chegou a 48,7% da população ocupada, no fim do segundo trimestre de 2021, ante 45,7% no fim do primeiro trimestre de 2021 e pico anterior de 48,5% no terceiro de 2019.