Rumo à China
A Lide, empresa de eventos de João Doria, agora associada ao Grupo Globo, está convocando empresários (com duas páginas inteira de jornal) para um encontro entre brasileiros e chineses, entre 10 e 13 de janeiro de 2024, entre Shenzhen e Hong Kong. Já está sendo vendidos pacotes para empresas e o evento misturará agronegócio, mineração, mobilidade, energias renováveis, alimentos e commodities e indústria automobilística (tem de tudo para todos). Governantes brasileiros e figuras do Judiciário, como sempre, serão convidados.
Reequilibrando o caixa
A MRV, do bilionário Rubens Menin, está passando um pente fino em seu banco de terrenos. Quer vender ativos com menos potencial de geração de receita para recompor o caixa. No trimestre passado, a empresa consumiu R$ 653 milhões, bem acima das previsões do mercado – o Goldman Sachs estimava o gasto em menos de R$ 350 milhões. Na divulgação do balanço, a ação da construtora caiu 10%. A CNN, à propósito, é outro problema – de audiência e faturamento. Menin tem ainda o Banco Inter, a Rádio Itatiaia e uma fortuna estimada em R$ 7,7 bilhões.
Cada um na sua
Responsável por conduzir as ações que levaram a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro Benedito Gonçalves, que não esconde sua amizade com o presidente Lula, deixou o Tribunal Superior Eleitoral na semana passada para Raul Araújo, que tem adotado posições favoráveis ao Capitão. No julgamento de Bolsonaro, Gonçalves acusou o ex-chefe do Executivo de disseminar fake news sobre as urnas eletrônicas durante a reunião com embaixadores, vencendo por 5 a 2. Araújo, na época, disse que “não via suficiente gravidade” nos fatos apresentados – e votou para absolvê-lo.