Não deu
Lula achava que, especialmente por conta dos ataques de 8 de janeiro, sua popularidade nesses meses de largada de governo estaria melhor do que a aprovação de apenas 38% dos brasileiros e reprovação por 39%. Em Abril de 2003, tinha 43% de bom e ótimo e apenas 10% de ruim e péssimo e em 2007, após a reeleição, a aprovação era de 48% e reprovação de 14%, mesmo debaixo da avalanche de corrupção. O presidente recorreu à velha defesa: “Isso é pesquisa, amanhã muda”.
Até motociata
A largada do roteiro de viagens de Jair Bolsonaro pelo Brasil deverá ser em São Bernardo do Campo (SP), onde ganhou o título de cidadão da Câmara de lá. Foi concedido pelo vereador Paulo Chuchu (PRTB), ex-assessor de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ir a São Bernardo tem significado especial: é o berço de Lula. Quer fazer também uma motociata no Nordeste, mas custa caro (não tem mais dinheiro do governo) e o PL começou a fechar a mão.
Cerco à Uber
Além da pressão do governo, especialmente de Luis Marinho, ministro do Trabalho, a Uber começa a enfrentar um ambiente hostil a seus interesses também na Justiça do Trabalho. Entre os ministros está consolidado o entendimento de que há mesmo vínculo trabalhista entre motoristas da plataforma e a companhia. Turmas da Corte já proferiram decisões nesse sentido. Em julgamento recente, o ministro Alexandre Belmonte se recusou a referenciar um acordo oferecido pela Uber e considerou que a empresa agia de má fé.
Almanaque
A reforma tributária é uma das reformas essenciais para o Brasil ter crescimento mais normal em comparação com o mundo. O país empobrece há 40 anos. Desde o Plano Real até o comecinho da crise da década passada, os países emergentes fora da América Latina – Vietnã, Malásia, Tailândia, Índia, China, Leste Europeu – cresceram 127% no seu PIB per capita. Estados Unidos cresceram 48%, a OCDE em torno de 35%. O Brasil cresceu 18%, menos que os emergentes e até que os desenvolvidos.