“Golpe de Estado”
Depois de passar muito tempo distante de Dilma Rousseff e até de ter comentado publicamente o desastre que foi o segundo mandato dela na Presidência, Lula agora resolveu repetir o que dizem comunicados oficiais do PT. Esta semana, em Buenos Aires, na presença de Alberto Fernández e Evo Morales, resolveu dizer que “depois de um momento auspicioso quando governamos, houve um golpe de Estado no Brasil” (referindo-se à queda de Dilma), o que não é verdade. A única coisa fora da legalidade foi a posição inédita de Ricardo Lewandowski (STF) evitando a perda de direitos políticos da então presidente.
Generosidade
O escândalo da Americanas revela também o excesso de generosidade do BNDES, entre 2002 e 2018, para a companhia de Jorge Paulo Leman, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. No período, o banco liberou para a Americanas R$ 5,52 bilhões em 12 operações de empréstimo. No mesmo período, Carrefour, Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Via Varejo, somadas, receberam um total de R$ 2,59 bilhões. Quem chegou mais perto da Americanas, foi o Carrefour com R$ 1,19 bilhão, seguido pelo Pão de Açúcar (R$ 1,01 bilhão), Magazine Luiza (R$ 201,6 milhões) e Via Varejo (R$ 91,5 milhões).
Terceiro round
Agora, PP e Republicanos estão apoiando o candidato do PL (e de Bolsonaro), Rogério Marinho (RN) para a presidência do Senado. Rodrigo Pacheco, atual presidente e candidato à reeleição, era o favorito. A disputa já começou a ser chamada, embora Lula diga que não se mete nas eleições do Congresso, de terceiro round entre o presidente e Jair Bolsonaro. Detalhe: Marinho tem feito críticas ao STF, mas não se compromete com as reivindicações dos bolsonaristas de abertura de processo de impeachment contra ministros da Corte.
Trocas no Alvorada
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, foi a autora de ordens para troca de funcionários no Alvorada. Pediu ao ministro Gonçalves Dias, do GSI, para substituir a equipe de militares que servia à família Bolsonaro em serviços domésticos e de apoio. Ela não admite conviver com quem atendia o ex-presidente e tem receio até dos militares que preparam a comida no Alvorada, os taifeiros. No período Bolsonaro, ele substituiu todos os civis que prestavam apoio no Alvorada (secretários, cozinheiros e garçons) por militares.