Para quem vai sobrar
Uma bola dividida tem provocado tensão e gerado atrasos nas negociações para a compra do Botafogo e do Cruzeiro. A Lei das SAFs (Sociedade Anônima de Futebol) criou um ponto cego em relação ao passivo tributários dos clubes (hoje, a dívida dos clubes brasileiros junto à União é de R$ 5 bilhões). Por princípio, em caso de venda do departamento de futebol, esses débitos permaneceriam nas mãos do devedor original, os clubes associativos. Contudo, bancos e investidores envolvidos nas duas negociações já estão de posse de pareceres jurídicos que dizem que existe o risco dos acionistas da SAF serem responsabilizados pelas dívidas tributárias caso a agremiação não honre os pagamentos.
Eram sete
Em 2002, quando foi eleito presidente da República, Lula reuniu-se, num hotel de São Paulo, com sete integrantes do núcleo principal da campanha: Aloízio Mercadante, Luiz Gushiken, Gilberto Carvalho, Luiz Dulci, Marisa Leticia, Antônio Palocci e José Dirceu. Gushiken e Marisa Leticia morreram. Antônio Palocci rompeu com o PT e se tornou um dos delatores da Lava Jato. Dulci e Carvalho estão distantes da campanha atual e Mercadante e Dirceu tentam se aproximar, mas só informalmente.
Danos
Rachel Sheherazade, ex-âncora do SBT Brasil, acaba de ganhar processo por danos da emissora de Silvio Santos e pode levar R$ 500 mil (ainda cabe recurso). No Troféu Imprensa de 2017, Silvio disse que ela tinha sido contratada “por sua beleza e sua voz, não para dar opinião”. Ela mantém ainda uma ação trabalhista pelos 11 anos que permaneceu no SBT e reclama na justiça direitos no valor de R$ 19 milhões.
Muita energia
A chinesa CGM Energy International vem mantendo conversações com o governo do Ceará para instalar um complexo de usinas eólicas no estado. O que não falta no grupo é energia para investir no Brasil. Os asiáticos estão desembolsando R$ 1 bilhão na Bahia em projetos de geração de energia renovável e pagaram mais de R$ 3 bilhões por ativos energéticos da italiana Enel.
De tornozeleira
Após várias tentativas finalmente a defesa de Roberto Jefferson conseguiu autorização do ministro do STF, Alexandre de Moraes para prisão domiciliar, com tornozeleira. Ele está com covid, após se recusar a tomar a vacina contra o coronavírus. Como qualquer outro preso em domicílio Jefferson não poderá ter qualquer comunicação exterior, inclusive participação nas redes sociais; receber visitas sem autorização judicial; conceder qualquer espécie de entrevista, salvo com autorização judicial; e é proibido de ter contatos com outros investigados no inquérito das milícias digitais.